A moda e o feminismo

Que a moda se tornou mais feminista nos últimos tempos nós sabemos, mas a moda sendo usada como artifício de visibilidade para o movimento é algo novo.

Em 2014, a grife Chanel fez um desfile de primavera-verão em que as modelos seguravam cartazes com slogans apoiando as causas feministas.

A estilista da marca francesa Dior, Maria Grazia Chiuri, promoveu, durante um desfile, em 2016, um tipo de manifestação em prol do feminismo com blusas estampadas nos dizeres “We should all be feminists”(Todos devemos ser feministas) inspirada no discurso, que se tornou um livro, da escritora nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie no TED talks em 2012.

O feminismo e a moda estão caminhando de mãos dadas, mas nem sempre foi assim. 

Foi preciso a audácia e coragem de certas pessoas para que hoje, por exemplo, pudéssemos usar calças. 

Coco Chanel sempre esteve à frente de seu tempo e se inspirava em roupas masculinas para cavalgar nos anos 20. Ao passar dos anos, a estilista foi mudando o guarda-roupa feminino facilitando o dia-a-dia das mulheres presas aos espartilhos. Em 1960, Yves Saint Laurent criou os terninhos femininos, compostos por uma calça masculina e blusa transparente.

Hoje, se as mulheres se sentem à vontade para usar qualquer tipo de roupa, isso se deve a um processo histórico do mundo da moda.